Priscilla Presley, musa e viúva do Rei do Rock, ainda fala sobre o marido Elvis, morto em 16 de agosto de 1977, usando o tempo verbal no presente. “É impossível me desconectar dele”, disse à imprensa a atriz e escritora americana, que está em São Paulo para a abertura, para convidados, da exposição “Elvis Experience”, que traz cerca de 600 itens que pertenceram ao músico, cuja morte, há 35 anos, muitos ainda duvidam ter acontecido. As peças vieram diretamente de Graceland, a residência do cantor em Memphis, no Estado americano do Mississipi, onde ele foi encontrado morto e que se transformou em um templo em que permanece viva sua memória, e de onde muitas delas nunca tinha saído.
Muitas propostas de exibir os objetos pessoais do cantor feitas pelos mais importantes museus do mundo já haviam sido recusadas pela família Presley, mas o presidente da produtora 2Share, Rafael Seisman, conseguiu convencer, há um ano, tanto o presidente da Elvis Presley Entreprises (EPE), Jack Solden, quanto Priscilla – que por sua vez convenceu a filha Lisa-Marie – a montar a mostra no Brasil. O fato da arena que abriga a exposição estar em uma área acessível ao grande público, no estacionamento do Shopping Eldorado, contribuiu para isso. “Elvis ama muito seus fãs. E ele nunca fez uma turnê pela América do Sul, isso foi outro motivo”, afirmou Priscilla.
Nos 1.200 metros quadrados da arena que abriga a exposição, o visitante vai encontrar peças que mostram diferentes momentos da vida do cantor, desde a infância em Tupelo, cidade onde nasceu em 8 de janeiro de 1935, e em que, aos 9 anos, incentivado por uma professora, começou a cantar na escola, passando pelo período em que serviu à Força Armada americana. Essa parte da mostra, que tem uniformes e acessórios militares usados por Elvis, é a favorita de Priscilla, pois foi nessa época em que se conheceram.
Outra sessão mostra os primeiros compactos gravados por Elvis, no início dos anos 1950, pela gravadora Sun Records. Há também uma área com os cartazes dos 33 filmes protagonizados pelo cantor (31 longas-metragens e dois documentários), com telões exibindo cenas das produções. Mas o destaque fica para a parte principal da exposição, que conta com dois carros do músico – uma de suas paixões – um MG preto, de 1960 e a Ferrari vermelha que ele usou no filme “Feitiço Havaiano” (Blue Hawaii).
Já foram vendidos antecipadamente, cerca de 20 mil ingressos. O valor promocional mais barato – a partir da segunda semana da exposição, que fica em cartaz até 5 de novembro – é de R$ 20. Moradores do Estado de São Paulo, por exemplo, podem aproveitar o benefício. As visitas são agendadas e participam grupos de 50 pessoas por vez.
Complementa a exposição o show Elvis Presley in Concert, que já é realizado desde 1997, com músicos que acompanham o cantor, que passará por Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Na capital, são três apresentações no Ginásio Ibirapuera, entre os dias 8 e 10 de outubro, sendo as duas primeiras já esgotadas. Um show extra foi anunciado no Via Funchal, no dia 13, com ingressos já à venda. Em Brasília, o show será no dia 6, no Ginásio Nilson Nelson, e no Rio, no dia 11, no Maracanãzinho. A voz de Elvis foi retirada de alguns de seus melhores concertos e remasterizada. O artista aparecerá em um telão no centro do palco, acompanhado, ao vivo, pelos seus antigos companheiros de banda. A exposição e o show custaram cerca de R$ 10 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
THE ELVIS EXPERIENCE
Shopping Eldorado (Av. Rebouças, 3.970). Tel. (011) 4003-1212 . 10 h/ 22 h. R$ 100/ R$ 200. Até 5/11.
Fonte: Diário do Grande ABC