Para os que procuram um investimento seguro, a aquisição de imóveis tem se mostrado cada vez mais uma boa opção, principalmente em época de crise. Ao contrário da instabilidade no mercado de ações, investir em um imóvel, seja residencial ou comercial, para locação ou venda, é uma oportunidade segura e de ganho financeiro com valorização a médio e longo prazo.
De acordo com o gerente de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), Roberto Akazawa, a crise e a queda na taxa de juros propiciam um cenário cada vez mais atraente para investir em imóveis. “Quando se aplica em imóvel você pode ter a certeza de que não perderá o valor real da propriedade, ao contrário do que ocorre com os fundos de ações, que podem ter um ganho maior e mais rápido, mas à custa de um grande risco”, destaca Akazawa.
A tendência de queda na taxa de juros também vem alavancando o mercado de imóveis, segundo Akazawa: “quem aplicava em renda fixa, como uma forma segura de investimento, agora não terá grandes ganhos a curto prazo, ou seja, grandes investidores também migrarão para a compra de imóveis”, explica.
Outro investimento atrativo é o imóvel para locação. Dados do Secovi apontam uma ligeira alta dos valores de aluguéis. No primeiro trimestre entre 2007 e 2008 o valor das locações teve uma alta de 7%, enquanto no mesmo período entre 2008 e 2009, a alta foi de 12%. Para Akazawa, sempre haverá demanda para o mercado de locação, o importante é ser cuidadoso na hora da escolha do imóvel.
No caso dos imóveis residenciais comprados na planta também há uma grande tendência de valorização. Dois bons exemplos são os condomínios Trindad Marin Bigucci, localizado no Tucuruvi, Zona Norte de São Paulo, e o residencial clube Top Life, no Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo. Ambos entregues recentemente pela construtora MBigucci e que tiveram uma valorização de mais de 40% cada um. “A boa localização, a qualidade do acabamento e a estrutura de lazer são fatores que influenciaram para esta valorização”, comenta o diretor de Vendas da MBigucci, Robson Toneto.
Liquidez – O presidente do Secovi, João Crestana, alerta que o investimento não deve ser encarado como uma decisão de impulso e recomenda que é preciso avaliar as vantagens e desvantagens. “Um ponto importante a considerar é a liquidez, pois para a venda do imóvel, geralmente você leva um tempo até encontrar um comprador. Desta forma, a aplicação em imóveis é destinada para um investimento a médio e longo prazos”, informa.
Crestana também lembra que vale à pena considerar a liquidez no momento de dispor do valor do investimento. “Por exemplo, se a pessoa dispuser de um valor alto, talvez seja mais interessante adquirir cinco salas comerciais de R$ 100 mil do que apenas um imóvel de R$ 500 mil. O aluguel será equivalente, mas a liquidez, com certeza será muito maior”
O que avaliar na escolha do imóvel?
- Localização: Prefira os imóveis com fácil acesso a transporte público, principalmente metrô e trólebus. A proximidade com universidades, escolas, hospitais e comércios também facilita; Se o imóvel é comercial, o ideal é que esteja próximo a fóruns ou grandes centros comerciais;
- Condomínio: Avalie o que o condomínio oferece de estrutura de lazer e o custo mensal, condomínios caros dificultam locações e vendas;
- Instalações: Para salas comerciais e escritórios, observe se as instalações têm acesso à internet e banda larga;
- Qual andar?: Todos podem ser bons, dependendo do objetivo. Normalmente os andares mais altos são os mais valorizados;
- Conservação: Observe o estado do imóvel e do condomínio como um todo. Pintura, piso, azulejos, áreas comuns (piscina, salão de festa, playground, churrasqueira) tudo deve estar com a manutenção em dia;
- Vagas de garagem: Quanto mais vagas o imóvel tiver, melhor. Mas isso não significa que um imóvel sem garagem não seja interessante, depende da localização e proximidade com transporte público;
- Tamanho: A tendência para locação residencial são imóveis de 2 ou 3 dormitórios e área de lazer razoável; Para os comerciais, a opção deve ser pelos menores, em vez de um escritório de 500 m², prefira cinco de 100m², o risco de todos ficarem sem alugar ao mesmo tempo é bem menor;
- Valor do imóvel: É mais fácil vender um imóvel de R$ 100 mil do que um de R$ 500 mil. Se for um investimento a longo prazo, como um apartamento na planta, o ideal é que as parcelas não ultrapassem 30% da renda familiar.