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Lixo eletrônico o que fazer com ele?

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Pilhas, baterias, celulares e computadores podem contaminar o meio ambiente se descartados incorretamente

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Todos os anos são acumuladas no mundo cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico que acabam parando no lixo comum sem a destinação adequada, segundo informações da ONG Greenpeace. Somente no Brasil são mais de 500 mil toneladas, entre elas 1 milhão de computadores que vão para o lixo anualmente.

Muitos destes equipamentos possuem substâncias tóxicas como mercúrio, chumbo, cádmio, belírio, arsênio, retardantes de chamas (BRT) e PVC que
podem causar danos à saúde como distúrbios no sistema nervoso, problemas nos rins, nos pulmões e no cérebro, além de envenenamento.

Portanto, nada de jogar eletrônicos e eletrodomésticos diretamente no lixo, pois são aterrados junto com resíduos orgânicos. O prejuízo voltará para nós mesmos por meio da contaminação do solo e de lençóis freáticos.

São Paulo tem lei sobre o assunto

Sancionada pelo governador José Serra em 6 de julho de 2009, a lei nº 13.576 institui normas e procedimentos para a reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo tecnológico. Pela lei a responsabilidade pela destinação final é solidária entre as empresas que produzam, comercializam ou importam produtos e componentes eletroeletrônicos. Consideram-se lixo tecnológico os aparelhos eletrodomésticos e os equipamentos e componentes eletroeletrônicos de uso doméstico, industrial, comercial ou no setor de serviços como: componentes e periféricos de computadores; monitores e televisores; baterias e pilhas; produtos magnetizados.

As empresas que não cumprirem a lei ficarão sujeitas a diversas punições, que podem ser desde simples advertências até multas diárias de 14 mil reais.

Curiosidades

O lixo eletrônico já representa 5% de todo o lixo gerado pela humanidade

A cada segundo, são fabricados 23 celulares no mundo.
De 10 a 20% destes aparelhos são inutilizados a cada ano.

O que fazer?
No Brasil já existem algumas saídas, ainda que poucas e recentes, para o descarte consciente e correto do lixo eletrônico:

• E-lixo maps – no site www.e-lixo.org, basta inserir o CEP da sua rua e o tipo de equipamento que você precisa descartar.
A busca encontra os locais mais próximos que recebem e reciclam esse tipo de resíduo. O projeto associa a plataforma do Google Maps com um banco de dados dos postos de coleta de “E-lixo” em São Paulo. A ação, que teve início em fevereiro deste ano, é uma parceria entre a Secretaria
do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o Instituto Sérgio Motta.

• Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir) – Iniciativa do Centro de Computação Eletrônica (CCE), que presta serviços para a Universidade de São Paulo (USP). Inaugurado em dezembro de 2009, o centro recebe por enquanto somente máquinas de instituições ligadas à universidade, mas prevê, ainda para 2010, atender também à população de São Paulo. Das doações recebidas, micros aptos para uso são emprestados a projetos sociais filiados à USP e os inutilizados têm seus componentes separados e encaminhados para empresas de reciclagem. Informações pelo e-mail cedir.cce@usp.br.

• Drogaria São Paulo – a rede possui papa-pilhas e baterias em todas as unidades do Estado de São Paulo, basta levar os resíduos até o local. Pioneira na ação, desde 2004, já recolheu mais de 70 toneladas de pilhas e baterias usadas. Informações: www.drogariasaopaulo.com.br.

• Grupo Santander (que reúne os Bancos Santander e Real) – Desde 2006, coleta pilhas e baterias em suas agências e em escolas e empresas parceiras. No Brasil são mais de 2 mil postos de coleta. Já recolheu mais de 250 toneladas desde o início do programa. www.gruposantander.com.br.

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