Utilidade Pública

Acidentes com crianças, como prevenir

 

marina

Marina Santos , filha da nossa assessora de imprensa Rita Santos na rede de proteção.

 

 

No Brasil, cerca de 4,5 mil crianças morrem todos os anos vítimas de acidentes. 90% deles poderiam ser evitados

 

Principais causas

0 a 12 meses: sufocação, trânsito e queda

1 a 4 anos: afogamento, trânsito e sufocação

5 a 9 anos: trânsito, afogamento e queimadura

10 a 14 anos: trânsito, afogamento e outros

 

Com as férias de julho chegando, os pequenos ficam mais tempo dentro de casa e nas áreas comuns dos condomínios. Piscina, playground, bicicleta, skate, tudo é motivo de muita diversão, mas também de muito alerta para os pais. Os acidentes ou lesões não-intencionais representam a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil, além de 122 mil internações por ano só na rede pública, segundo dados do Ministério da Saúde. E é exatamente no período de férias que os perigos aumentam.

A boa notícia é que pelo menos 90% dos acidentes podem ser evitadas com atitudes de prevenção.  “Infelizmente no Brasil os pais ainda acham que isso nunca vai acontecer com os filhos dele, o que prejudica a cultura da prevenção”, alerta a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françóia.

 

O acidente de trânsito, incluindo-se o atropelamento, é o campeão de mortes na faixa-etária de 5 a 14 anos. Crianças transportadas incorretamente, sem cadeirinhas ou no banco da frente, além da imprudência dos motoristas contribuem para o grande número de vítimas. De 1 a 4 anos, o afogamento é a principal causa, e para crianças menores de 1 ano, a sufocação e o engasgamento representam o maior perigo.

 

Dicas de Prevenção
Dentro de casa/apartamento

 

  • Queimadura – É um dos mais devastadores acidentes, causa sequelas permanentes e o tratamento é dolorido e demorado. Mantenha as crianças longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das refeições. Oriente sempre sua empregada ou babá a usar as bocas de trás do fogão e com os cabos das panelas virados para trás. Nunca deixe fósforos, isqueiros e álcool ao alcance dos pequenos; E nada de toalhas de mesa compridas ou jogos americanos. As mãozinhas podem puxá-las, causando queimadura;

 

  • Sufocação – Retire todos os objetos pequenos do chão e do alcance da criança. Engatinhe pela casa na altura de seu filho e use um tubo de filme fotográfico como testador. Tudo o que couber dentro do tubo, a criança pode engolir e engasgar;

 

  • Brinquedos – Inspecione os brinquedos regularmente, eles podem quebrar e causar riscos com pontas afiadas. Conserte o brinquedo imediatamente ou retire-o do alcance da criança; Siga também a recomendação de idade para cada brinquedo e observe o selo de garantia do Inmetro

 

  • Afogamento – Esvazie e guarde baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso. Para crianças pequenas, 2,5 cm de água são suficientes para um afogamento. Mantenha as tampas das privadas fechadas;

 

 

  • Quedas – Instale grades e redes de proteção em janelas e sacadas e faça inspeção periódica. As telas têm prazo de validade entre 3 e 5 anos; Mantenha camas, e outros móveis longe das janelas, pois podem facilitar que crianças escalem.

 

 

Nas áreas comuns

  • Bicicleta/skate/patins – Ao dar uma bicicleta, skate ou patins de presente, dê também o capacete. É a única maneira de minimizar lesões na cabeça. Ele reduz em até 85% a gravidade do acidente. Cotoveleiras, joelheiras e munhequeiras também ajudam a minimizar machucados.

 

  • Playground – Vistorie o local onde seu filho brinca. Oriente-o sobre os brinquedos adequados para a idade dele. Verifique se estão enferrujados, quebrados ou com superfícies perigosas e comunique ao síndico. Gira-gira, balanço e gangorra, merecem maior atenção; Dê preferência a pisos que absorvam impacto, como um gramado ou piso emborrachado; Não deixe crianças menores de 5 anos sozinhas no playground, elas podem cair e não ter ninguém para socorrê-las. Tire capuz e cachecol para evitar estrangulamento nos parquinhos;

 

  • Elevador – Evite que crianças menores de 10 anos andem sozinhas no elevador e oriente-as como acionar botão de alarme, interfone etc em casos de emergência, como falta de energia, por exemplo;

 

  • Piscinas – Devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança; Nunca deixe as crianças na piscina sem supervisão; O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros infláveis podem estourar ou virar a qualquer momento;

 

 

 

Mais dicas de segurança: www.criancasegura.org.br

 

Telefones úteis:

Bombeiros: 193

Pronto-socorro: 192

Polícia: 190

Centro de Intoxicação: 0800 01 48110

 

 

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